sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Moçambique oferece terra à soja brasileira


O governo de Moçambique está oferecendo uma área de 6 milhões de hectares -equivalente a três Sergipes- para que agricultores brasileiros plantem soja, algodão e milho no norte do país.
A primeira leva de 40 agricultores parte de Mato Grosso rumo a Moçambique -a próxima fronteira agrícola do Brasil- no mês que vem. As terras são oferecidas em regime de concessão -os brasileiros podem usá-las por 50 anos, renováveis por outros 50, mediante um imposto módico de 37,50 meticais (R$ 21) por hectare, por ano.
"Moçambique é um Mato Grosso no meio da África, com terra de graça, sem tanto impedimento ambiental e frete muito mais barato para a China", diz Carlos Ernesto Augustin, presidente da Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampa). "Hoje, além de a terra ser caríssima em Mato Grosso, é impossível obter licença de desmate e limpeza de área."
Augustin organizou a missão de agricultores para ir ao país em setembro ver as terras. Um consultor da Ampa já está no país contatando autoridades e preparando a viagem. "Quem vai tomar conta da África? Chinês, europeu ou americano? O brasileiro, que tem conhecimento do cerrado", diz Augustin.
"Os agricultores brasileiros têm experiência acumulada que é muito bem-vinda. Queremos repetir em Moçambique o que eles fizeram no cerrado 30 anos atrás", afirma o ministro da Agricultura de Moçambique, José Pacheco. "A grande condição para os agricultores é ter disposição de investir em terras moçambicanas", diz Pacheco. É preciso empregar 90% de mão de obra moçambicana.

CONCESSÃO
A terra em Moçambique é propriedade do Estado e pode ser usada em regime de concessão, que está aberto a estrangeiros. O governo busca agricultores brasileiros por causa da experiência no cerrado, que tem características climáticas e de solo muito semelhantes à área oferecida.
As terras oferecidas aos brasileiros estão em quatro províncias da região Norte:
Niassa, Cabo Delgado, Nampula e Zambézia. A região é superior a toda área cultivada de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo (cerca de 5 milhões de hectares).
Os produtores vão a reboque da Embrapa, que mantém na área o projeto Pro-Savana, com a Agência Brasileira de Cooperação e a Jica (Agência de Cooperação Internacional do Japão).
O projeto de cooperação técnica em Moçambique é o maior da Embrapa fora do Brasil -terá 15 pessoas a partir de outubro. Em duas estações no norte do país, eles estão testando sementes de algodão, soja, milho, sorgo, feijão do cerrado brasileiro, para adaptá-las ao norte moçambicano.
"Nessa região, metade da área é povoada por pequenos agricultores, mas a outra metade é despovoada, como existia no oeste da Bahia e em Mato Grosso nos anos 80", diz Francisco Basílio, chefe da Secretaria de Relações Internacionais da Embrapa.
O governo vai dar isenção fiscal para importar equipamentos agrícolas.


Fonte:
Mercado Aberto

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Formalização de Empresas do Setor Lácteo


O ITEP através do Centro Tecnológico Instituto de Laticínios do Agreste CT ILA, está promovendo capacitação de pequenos produtores e laticinistas, com o objetivo de qualificá-los. Entre o público alvo estão profissionais do setor, associações, cooperativas e entidades ligadas ao segmento da região do agreste de Pernambuco.
A iniciativa visa a garantia de segurança alimentar e competitividade do setor. O curso orienta quanto aos aspectos sanitários, fiscais e ambientais, com conteúdo sobre as Vantagens e mudanças na empresa formalizada. Caminhos para a formalização de empresa. Documentações administrativas. Legislação e normas específicas para formalização de empresas. Noções de legislação trabalhista. Legislação e normas ambientais para formalização de empresas. Noções de tratamento de resíduos. Noções de tratamento de afluentes. Legislação e normas sanitárias para formalização de empresas. Lay-out para empreendimentos lácteos. Adequações físicas e estruturais. Equipamentos.
Em Aguas Belas, região produtora de leite o curso se inicia dia 05/09/2011.
São 40 horas de aula, incluindo visita técnica em um laticínio da região, o curso é gratuíto e inclui o material didático.

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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Commodityes

O termo commodity significa mercadoria, e se destina normalmente a produtos de origem primária em estado bruto (matérias-primas) ou com pequeno grau de industrialização, produzidos em grandes quantidades e por diferentes produtores. Estes produtos in natura, cultivados (soft commodity) ou de extração mineral (hard commodity), podem ser estocados por determinado período sem perda significativa de qualidade o que torna os produtos de base muito importantes na economia é o fato de que, embora sejam mercadorias primárias, possuem cotação e "negociabilidade" globais; portanto, as oscilações nas cotações destes produtos de base têm impacto significativo nos fluxos financeiros mundiais, podendo causar perdas a agentes econômicos e até mesmo a países.

Neste primeiro semestre verificamos uma série de acontecimentos desde terremotos e tisumanis no Japão até a possível moratória da Grécia, deixando a economia mundial numa incerteza imensa, onde as bolsas de valores seguiam num sobe e desce constante.

Mas, apesar dos percalços, os fundamentos de oferta e demanda prevaleceram no mercado de commodityes, O apetite dos emergentes continua a desafiar inclusive as espirais inflacionárias, e, em muitos casos, as produções crescem menos e os estoques continuam magros. Resultado: com a preciosa ajuda oferecida por um dólar fraco, o primeiro semestre foi positivo para as cotações da maior parte das commodities agrícolas negociadas pelo Brasil no exterior.

Cálculos do Valor Data baseados nos contratos futuros de segunda posição de entrega (normalmente a de maior liquidez) de produtos referenciados nas bolsas de Chicago e Nova York mostram que seis deles (açúcar, algodão, cacau, café, soja e milho) alcançaram suas maiores médias semestrais históricas entre janeiro e junho em termos nominais. As médias do trigo e do suco de laranja foram as terceiras mais elevadas.

Para analistas e consultores ouvidos pelo Valor nos últimos meses, a resistência dos preços comprova que as matérias-primas para a produção de alimentos ganharam um novo status neste início de milênio, em larga medida em função da aceleração do consumo em países emergentes como China, Índia e Brasil.


É um novo tempo, onde cada vez mais, nós produtores, técnicos, Instituições ligadas ao segmento e outros devemos estar atentos aos sinais do mercado buscando sempre a profissionalização para assim num mercado globalizado mantermos nossa posição de celeiro do mundo, agora não somente em alimentos mas em energia verde, combustíveis fósseis, minerais etc.

Fonte: Valor econômico

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quarta-feira, 8 de junho de 2011

CRESCIMENTO ECONÔMICO

Estimativas divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o PIB da economia brasileira subiu 1,3% em relação ao último trimestre de 2010, crescimento liderado pela agropecuária, atividade que mais cresceu no acumulado dos três primeiros meses de 2011. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o PIB da agropecuária teve aumento de 3,1% em igual período de 2011.

De acordo com a presidente da CNA, a incorporação de tecnologias voltadas para o campo permitiu o aumento de 228% na produção de grãos entre 1976 e 2011. Nesse período, a produtividade das lavouras cresceu 151%. O crescimento da área plantada foi muito menor: 31%. “Sem o uso de tecnologia, seria preciso ocupar 108 milhões de hectares, e não os atuais 49,2 milhões de hectares, para se obter a mesma produção, o que preservou áreas que seriam desmatadas para possibilitar esta expansão”, completou.

Segunda ainda a CNA o agronegócio brasileiro vai registrar expansão acima da média em 2011, devido aos altos preços das commodities, à forte demanda interna e externa e à redução dos custos de produção a projeção de um avanço mais acelerado no campo neste ano. Com isso, o faturamento dos 25 produtos agropecuários vai crescer 3,65% e atingirá 261 bilhões de reais no período. "Os estoques de grãos estão em baixos níveis, e o consumo deve continuar aquecido. Outro aspecto positivo para o setor apontado pela CNA foi a queda dos custos de produção ao longo de 2010. No período, o gasto médio por hectare foi de 936 reais, em comparação com os 1.160 reais gastos em 2009. "Esse cenário compõe um quadro de rentabilidade para o agricultor brasileiro", avalia André Pessoa, diretor da Agroconsult, empresa de consultoria agrícola.

Já se observa um aumento de 20,4% em relação ao ano passado, somando mais de U$ 81,3 bilhões de saldo positivo nas exportações, com destaque para o setores de soja, carnes e sucroalcooleiro.

Para Roberto Rodrigues, ex-ministro da agricultura e coordenador do Centro de Agronegócio da Faculdade Getúlio Vargas (GV-Agro), 2011 será um ano emblemático para a agricultura e o Brasil não será somente favorecido pela conjuntura internacional. Rodrigues afirma que o país será o protagonista do aumento da produção de alimentos no mundo. "Teremos um novo governo e a oportunidade de grandes revisões do processo produtivo no momento em que nos foi imposto o desafio de crescer acima da taxa mundial",afirma o ex-ministro.

Rodrigues se refere a um levantamento realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que aponta que a produção de alimentos terá de crescer 20% nos próximos dez anos a fim de atender à demanda mundial. Nesse panorama, a União Europeia vai contribuir com um aumento de 4%; a Austrália com 7%; os Estados Unidos e o Canadá com 15%; a Rússia e a China com 26%; e o Brasil com 40%. "Teremos de avançar o dobro do crescimento mundial, e isso implica numa expectativa muito grande sobre nossa produção, em função da disponibilidade de terras e de nossa competitividade", diz Rodrigues.

Para aumejarmos esta realidade se faz necessário o investimento em educação, inovação, transporte, logística, infraestrutura portuária, defesa sanitária, mais comércio exterior e muitos outros gargalos que afetam nosso agronegócio à décadas.......então mãos à obra!!!!......O mundo espera por nós.....ou vamos ficar ainda esperando o grande gigante adormecido um dia acordar.


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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Encontro Nordestino de leite e Derivados



O encontro tem por finalidade promover o acesso à informação e inovação tecnológica, bem como estimular a troca de experiências e a promoção de negócios, visando à melhoria da competitividade da cadeia produtiva de leite e derivados da Região Nordeste de Brasil.
Este evento representa uma oportunidade para que empresas e profissionais ampliem os conhecimentos sobre o assunto, na programação ocorrem palestras, oficinas e ainda com uma vitrine de produtos lácteos, salão com estandes para exposição de máquinas e equipamentos e um espaço para realização de negócios. O evento está destinado à Empresários de laticínios Produtores rurais Agropecuaristas Zootecnistas Médicos veterinários Agrônomos Distribuidores, comerciantes e atacadistas Pesquisadores e universitários Profissionais da gastronomia Profissionais de áreas coligadas Público interessado na atividade. Abaixo segue resumo da programação confirmada:

Palestras

O Brasil e o Nordeste entre os Melhores Produtores de Leite do Mundo. Uma Análise dos Índices Técnicos e Econômicos da Pecuária de Leite. Palestrante: Professor Vidal Pedroso de Farias, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), USP - Piracicaba/SP

Queijos do Brasil - Uma Longa e Deliciosa Viagem Palestrante: João Castanho Dias, autor do primeiro livro da “História do Queijo no Brasil”, Editora Barleus Ltda

Alimentação de Ruminantes no Semi-árido Nordestino Palestrante: Marcos Cláudio Pinheiro Rogério, pesquisador Embrapa Caprinos e Ovinos

Como Melhorar a Qualidade do Leite: PAS Leite Palestrante: Fabrinni Monteiro dos Santos, Dzetta - Projetos, Consultorias e Treinamentos Ltda.

A Legislação Sanitária de Leite e Derivados no Nordeste Palestrante:Torquato Marques dos Santos Neto, consultor Sebrae/PE

Experiência do Laticínio Campo da Serra – Gravatá/PEPalestrante: Vitória Barros, proprietária do Laticínio

Sanidade Animal na Pecuária de Leite - O Que Eu Preciso Saber Palestrante: Ministério da Agricultura

Queijo de Cabra no Brasil Palestrante: Reinaldo Pires, Fazenda Geneve Ltda

Melhoramento Genético de Cabras Leiteiras Palestrante: José Walter da Silva, Rancho das Cabras e Associação Brasileira de Criadores de Cabras – SAANEN

Parceria Indústria e Produtor de Leite – Exemplo de Sucesso do Clube do Produtor de Leite BRF Palestrante: Marne Portela Rego, Brasil Foods

O Uso Correto de Insumos na Fabricação de Produtos Lácteos Palestrante: Mário Augusto Passos Paula, dir. executivo da Bela Vista Prod. Enzimáticos Ind. e Com. Ltda

Política de Controle de Verminoses Palestrante: Vet. Aline Melo, CNPQ / APL Ovinocaprinocultura Alagoas

CONSELEITE: Benefícios para a Cadeia Produtiva e Dificuldades para Implantar na Visão do Produtor de Leite Palestrante: André Ramalho , presidente do SINDLEITE/AL

Gestão Administrativa de Laticínio Palestrante: Juliano de Magalhães, Gestão Láctea - Consultoria e Projetos Agroindustriais – Viçosa/MG

Como Vender Leite e Derivados ao Governo Palestrante: Gustavo de Vincenzo Valone , Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)/ Secretaria de Agricultura Familiar/ Depto. de Geração de Renda e Agregação de Valor

A Legislação Ambiental e Seus Impactos na Pecuária Leiteira Palestrante: Aldo Rebelo, deputado federal (SP), relator do Projeto do Novo Código Florestal (a confirmar)

Leite e Derivados - Tributação de ICMS no Nordeste Palestrante: Ricardo Santiago, RS Consultoria Empresarial

Rastreabilidade de Leite Caprino Palestrante: Dra. Léa Chapaval, pesquisadora da Embrapa Caprinos e Ovinos

Oficinas

Cultivo Intensivo da Palma

Instrutor: Paulo Suassuna, engº agrônomo idealizador da Tecnologia do Cultivo Intensivo da Palma (Produtividades Anuais Superiores a 600 Toneladas/ha), consultor / instrutor do Sebrae/SE

Higienização na Indústria de Laticínios

Instrutores: Prof. Junio Cesar Jacinto de Paula e Prof. Paulo Henrique Costa Paiva, instituto Cândido Tostes - EPAMIG/MG

Processamento de Requeijão

Instrutor: Marcos Antonio Peixoto da Silva, Senai/AL

Como Ganhar Dinheiro Produzindo Leite. Ferramentas que Auxiliam o Produtor a Tomar as Decisões Corretas

Instrutor: Artur Chinelato, Embrapa - Pecuária Sudeste

Utilização de Equipamentos e Soluções de Laboratório para Análise de Fraude no Leite

Instrutor: Dr. Eugênio Talarico, TEX TECH Com. de Peças e Equipamentos Eletrônicos

As Principais Doenças em Caprinos e Ovinos

Instrutor: Carlos Henrique de Souza, Sebrae/RN


Para maiores informações: http://www.al.sebrae.com.br/

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quinta-feira, 14 de abril de 2011

QUALIDADE MICROBIANA E CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS

Contagens bacterianas e de células somáticas são métodos de referência e comumente são utilizados na avaliação da qualidade do leite cru.

A qualidade microbiana é medida por meio de contagens padrão em placa que é um método de investigação de problemas de qualidade do leite.

Apesar das bactérias encontradas no leite cru serem destruídas pela pasteurização, a monitoração da contagem bacterina total (CBT) é muito importante para garantir a qualidade do produto oferecido ao consumidor e para consolidar a confiança deste. O leite sem resíduos de antibióticos e com baixas contagens bacterianas e de células somáticas (CCS) garantem produtos de melhor qualidade e com prazo de validade maior.


As vacas com baixa contagem de células somáticas têm uma vida produtiva mais longa. O leite com CCS elevada contém menos componentes desejáveis, como açúcar, proteína e gordura, e mais componentes indesejáveis como enzimas que atacam seus componentes. Quando um leite com elevada CCS é usado para a fabricação de queijo, o rendimento é menor e a qualidade do produto final é inferior, podendo causar alterações em seu sabor e textura.

Práticas de ordenha como o uso de desacopladores manuais, a defecação na sala de ordenha e as falhas em empregar uma rotina completa de ordenha, estão associadas ao aumento das contagens bacterianas.

A contagem padrão em placas (CPP) ou CBT indica as condições higiênicas da fazenda, o estado de saúde do rebanho, a limpeza do equipamento de ordenha e a temperatura de estocagem do leite.

A CBT é um ponto crítico no controle da mastite. Produtores mais rigorosos estabelecem metas menores que 5.000 UFC/ml. Já uma contagem maior que 10.000 UFC/ml é um indicativo de problemas com a qualidade do leite. A CBT alta é geralmente causada por erros no resfriamento do leite ou no equipamento de ordenha. Não é comum a mastite contribuir para a CBT, mas vacas acometidas por mastite podem, ocasionalmente, liberar grandes quantidades de microrganismos no leite. Geralmente, isso está associado a infecções subclínicas causadas por estreptococos, principalmente o S. agalactiae.

As fontes de coliformes no leite do tanque são os úberes das vacas ou a falta de higiene durante os procedimentos da ordenha. A contagem de coliformes é um indicativo da eficiência dos procedimentos de preparação da vaca durante a ordenha e da limpeza do ambiente da vaca. Eles também podem permanecer nas películas residuais do equipamento de ordenha.

A influência da mastite sobre a contagem total de bactérias no leite depende principalmente do tipo do patógeno e do estágio da infecção.

Tendo, a mastite várias causas torna-se um grande desafio identificá-las e,consequentemente, desenvolver e implementar programas de controle.

Fonte:

PHILPOT, W. Nelson; NICKERSON, Stephen C. Vencendo a luta contra a mastite. Westfalia, 2002. Capítulo 24.

RUEGG, Pamela L. Uso prático da contagem de células somáticas na fazenda. Star Milk, 2007.

RUEGG, Pamela L.; REINEMANN, Doug; HOHMANN, Kathryn. Impacto do manejo de ordenha na qualidade microbiana do leite. Novos Enfoques, 2008.

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segunda-feira, 7 de março de 2011


Bem estar animal


Atualmente o conceito de bem estar animal atende as cinco liberdades dos animais teoria criada pelo professor John Webster e divulgada pelo Farm Animal Welfare Council (FAWC): ele deve ser livre de fome e de sede; livre de desconforto; livre de dor, lesões ou doença; livre para expressar os seus comportamentos normais; livre de medo e aflição.
Na foto acima evidenciamos um ¨coçador¨ e existem muitas outras ferramentas para propiciar bem estar e conforto aos animais, mas nada substitui o homem e seu cuidado.
Um ambiente tranquilo sem agitação, gritos, ruídos e movimentos bruscos é conhecido como ideal para melhorar a descida do leite e consequentemente uma melhor produção. Isto não é novidade para nenhum produtor ou técnico do setor, mas parece que este conceito por vezes é esquecido.
Continuo batendo na tecla de que pequenas atitudes podem melhorar em muito a eficiência na produção e a atenção ao bem estar animal é uma das principais, pois um animal saudável, num anbiente saudável propicia lucro.
E como entender o bem estar?? um animal atinge o seu bem-estar ao crescer e desenvolver-se normalmente, reproduzir-se, ter as funções fisiológicas e comportamentais normais, ter uma longa longevidade. Alguns autores acreditam que os animais sentem o sofrimento, no entanto como é um parâmetro difícil de ser avaliado, outros atribuem pouca importância ao que um animal sente, só são preocupantes quando os sistemas biológicos são afetados em termos de sobrevivência ou de reprodução. Uma outra vertente defende ambas as perspectivas, no entanto coloca as medidas de funcionamento biológico acima das comportamentais caracterizando os animais como sistemas biológicos.
Fisiologicamente, os animais são comumente avaliados pelos sinais de stress como as endorfinas, corticosteróides, batimento cardíaco, entre outros. Porém há limitações, uma vez que fatores genéticos e/ou ambientais podem produzir diferentes respostas físicas.
Na produção leiteira, nada substitui a observação e o bom senso.....mas devemos nos ater a estes conceitos.
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

QUALIDADE DO LEITE

Neste ano de 2011, a apartir de junho com exceção das regiões norte e nordeste, o Brasil viverá mais um desafio quando se trata da qualidade do leite.
A contagem de células somáticas CCS e contagem bacteriana total CBT terá índices iguais aos da comunidade européia, que já trabalha com estes parâmetros de qualidade a alguns anos, e em 2012 o desafio será nacional. Veja tabela abaixo.
Estes parâmetros estão na IN 51, nossa velha amiga, e pelos dados do IV Congresso Brasileiro de Qualidade do Leite, entre 30 e 40% das amostras analisadas em 2009 e 2010, não contemplavam a pelo menos um dos critérios acima. E agora?? esta interrogação envolve a indústria, o produtor, a remuneração pela qualidade, o treinamento de mão de obra, a fiscalização entre outras tantas.
A legislação não resolve o problema da qualidade do leite, ela norteia, indica critérios, mas a adequação por parte de toda a cadeia produtiva depende da interação de todos os participantes enxergarem vantagens para a sua concretização.
Fica aqui o lembrete.. o que estamos fazendo ??qual nosso envolvimento??

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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Qualidade do leite


Qualidade segundo o dicionário Aurélio é a propriedade, atributo ou condição à alguma coisa que lhe confere determinada natureza, superioridade ou excelência.
A qualidade do leite é definida por padrões de composição química, características físico-químicas e higiene. A presença e os teores de proteína, gordura, lactose, sais minerais e vitaminas determinam a qualidade da composição, que, por sua vez, é influenciada pela alimentação, manejo, genética e raça do animal.
Fatores ligados a cada animal, como o período de lactação, o escore
corporal ou situações de estresse também são importantes quanto a qualidade.
A contagem de células somáticas (CCS) tem sido utilizada como importante ferramenta para o monitoramento da higidez da glândula mamária e para a qualidade do leite. Quando realizada em tanque de resfriamento nas propriedades, tem a função principal de indicar a detecção de mastite subclínica no rebanho, indicar perdas econômicas provocadas pela mastite e indicar a qualidade do leite.
No Brasil depois da IN -51, instituída pelo MAPA - Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento em 2002, a CCS terá como classificação nos estados do Nordeste, de 07/2010 até 07/2012, a contagem de no máximo 750.000 céls/mL e depois de 07/2012 será de 400.000 céls/mL, realizadas em análises mensais.
Sabemos que além da CCS a CBT- contagem bacteriana total, os níveis máximos de resíduos a proteína e a gordura fazem parte da qualidade do leite. Assim entendemos que a qualidade do leite é a adequação ao seu uso regulamentado levando em conta a segurança, a higiene, a saúde da vaca e a sua composição nutricional.
E por quê devemos nos preocupar com a qualidade??
Além da garantia de um produto saudável a qualidade proporciona maior rentabilidade na atividade leiteira, pois empresas geralmente pagam mais por qualidade devido ao melhor rendimento industrial, cumprimento da legislação e sustentabilidade da atividade, quando nos preocupamos com a qualidade estamos nos preocupando com o consumidor quem na realidade remunera toda a cadeia produtiva.
A preocupação com a qualidade e o bem-estar animal já não é algo recente, nos países industrializados, estes requisitos já estão implantados á algum tempo não só por força de regulamentação mas principalmente por consciência da população.
Devemos ter a percepção de tudo o que envolve a qualidade do leite e como melhorar constantemente esta produção, verificarmos os gargalhos dentro e fora da propriedade e assim garantir a sustentabilidade da atividade em pleno século 21.

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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Mercado lo leite no Brasil e no mundo


Segundo dados da FAO o Brasil detém o segundo maior rebanho bovino leiteiro do mundo, mas em produção somos o sexto, no ranking da produtividade estamos na décima nona posição e nossa presença no mercado global é de apenas 3%.
O consumo global de leite em 2008 foi da ordem de 654 bilhões de litros de leite e se nada for feito, segundo as previsões, em 2014 com uma população estimada em 7,7 bilhões de habitantes (com novos consumidores oriundos dos países emergentes), teremos um déficit de 34 bilhões de litros de leite.
No Brasil a previsão é que até 2017 ocorra um aumento de 19% no consumo per capta de leite. Nosso consumo ainda é baixo quando comparado com outros países, temos um consumo per capta de 134 litros/ano, enquanto que nos EUA 276 litros/ano, Nova Zelândia 890 litros/ano, por outro lado a Índia tem muito a crescer neste mercado com 36 litros/ano, a China com 22 litros/ano.
Atualmente quem mais consome leite, segundo ainda levantamento da FAO, são os países do leste europeu com crescimento de consumo na ordem de 5% ao ano nos últimos sete anos.
Com o aumento do poder aquisitivo dos países emergentes se prevê maior consumo de leite e derivados lácteos.
Neste cenário o Brasil é apontado como uma das melhores opções para suprir esta demanda de leite, temos rebanho e temos custo baixo quando comparado à outros países produtores.
Para atender este mercado é necessário produção, produtividade, infraestrutura e qualidade.
Em relação a produção no período de 1996 a 2005 houve um aumento de 32%, passando de 19,1 para 25,3 bilhões de litros de leite /ano, mas ainda temos muito o que crescer, e em relação a qualidade precisamos garantir uma produção com higiene, para isto necessitamos de mão de obra capacitada e controle de resíduos dentro dos limites tolerados.
Acreditamos que por estes aspectos, o produtor brasileiro tem muito a vislumbrar e se organizar como profissional do ramo, um primeiro passo seria investir em melhorar a qualidade do leite, que com baixo custo se observa ganhos imediatos na produção.
Fica aí uma sugestão e, para todos um feliz 2011, de planejamento e trabalho pelo frente!!
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