segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Qualidade do leite


Qualidade segundo o dicionário Aurélio é a propriedade, atributo ou condição à alguma coisa que lhe confere determinada natureza, superioridade ou excelência.
A qualidade do leite é definida por padrões de composição química, características físico-químicas e higiene. A presença e os teores de proteína, gordura, lactose, sais minerais e vitaminas determinam a qualidade da composição, que, por sua vez, é influenciada pela alimentação, manejo, genética e raça do animal.
Fatores ligados a cada animal, como o período de lactação, o escore
corporal ou situações de estresse também são importantes quanto a qualidade.
A contagem de células somáticas (CCS) tem sido utilizada como importante ferramenta para o monitoramento da higidez da glândula mamária e para a qualidade do leite. Quando realizada em tanque de resfriamento nas propriedades, tem a função principal de indicar a detecção de mastite subclínica no rebanho, indicar perdas econômicas provocadas pela mastite e indicar a qualidade do leite.
No Brasil depois da IN -51, instituída pelo MAPA - Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento em 2002, a CCS terá como classificação nos estados do Nordeste, de 07/2010 até 07/2012, a contagem de no máximo 750.000 céls/mL e depois de 07/2012 será de 400.000 céls/mL, realizadas em análises mensais.
Sabemos que além da CCS a CBT- contagem bacteriana total, os níveis máximos de resíduos a proteína e a gordura fazem parte da qualidade do leite. Assim entendemos que a qualidade do leite é a adequação ao seu uso regulamentado levando em conta a segurança, a higiene, a saúde da vaca e a sua composição nutricional.
E por quê devemos nos preocupar com a qualidade??
Além da garantia de um produto saudável a qualidade proporciona maior rentabilidade na atividade leiteira, pois empresas geralmente pagam mais por qualidade devido ao melhor rendimento industrial, cumprimento da legislação e sustentabilidade da atividade, quando nos preocupamos com a qualidade estamos nos preocupando com o consumidor quem na realidade remunera toda a cadeia produtiva.
A preocupação com a qualidade e o bem-estar animal já não é algo recente, nos países industrializados, estes requisitos já estão implantados á algum tempo não só por força de regulamentação mas principalmente por consciência da população.
Devemos ter a percepção de tudo o que envolve a qualidade do leite e como melhorar constantemente esta produção, verificarmos os gargalhos dentro e fora da propriedade e assim garantir a sustentabilidade da atividade em pleno século 21.

[ ... ]

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Mercado lo leite no Brasil e no mundo


Segundo dados da FAO o Brasil detém o segundo maior rebanho bovino leiteiro do mundo, mas em produção somos o sexto, no ranking da produtividade estamos na décima nona posição e nossa presença no mercado global é de apenas 3%.
O consumo global de leite em 2008 foi da ordem de 654 bilhões de litros de leite e se nada for feito, segundo as previsões, em 2014 com uma população estimada em 7,7 bilhões de habitantes (com novos consumidores oriundos dos países emergentes), teremos um déficit de 34 bilhões de litros de leite.
No Brasil a previsão é que até 2017 ocorra um aumento de 19% no consumo per capta de leite. Nosso consumo ainda é baixo quando comparado com outros países, temos um consumo per capta de 134 litros/ano, enquanto que nos EUA 276 litros/ano, Nova Zelândia 890 litros/ano, por outro lado a Índia tem muito a crescer neste mercado com 36 litros/ano, a China com 22 litros/ano.
Atualmente quem mais consome leite, segundo ainda levantamento da FAO, são os países do leste europeu com crescimento de consumo na ordem de 5% ao ano nos últimos sete anos.
Com o aumento do poder aquisitivo dos países emergentes se prevê maior consumo de leite e derivados lácteos.
Neste cenário o Brasil é apontado como uma das melhores opções para suprir esta demanda de leite, temos rebanho e temos custo baixo quando comparado à outros países produtores.
Para atender este mercado é necessário produção, produtividade, infraestrutura e qualidade.
Em relação a produção no período de 1996 a 2005 houve um aumento de 32%, passando de 19,1 para 25,3 bilhões de litros de leite /ano, mas ainda temos muito o que crescer, e em relação a qualidade precisamos garantir uma produção com higiene, para isto necessitamos de mão de obra capacitada e controle de resíduos dentro dos limites tolerados.
Acreditamos que por estes aspectos, o produtor brasileiro tem muito a vislumbrar e se organizar como profissional do ramo, um primeiro passo seria investir em melhorar a qualidade do leite, que com baixo custo se observa ganhos imediatos na produção.
Fica aí uma sugestão e, para todos um feliz 2011, de planejamento e trabalho pelo frente!!
[ ... ]