quarta-feira, 6 de julho de 2011

Commodityes

O termo commodity significa mercadoria, e se destina normalmente a produtos de origem primária em estado bruto (matérias-primas) ou com pequeno grau de industrialização, produzidos em grandes quantidades e por diferentes produtores. Estes produtos in natura, cultivados (soft commodity) ou de extração mineral (hard commodity), podem ser estocados por determinado período sem perda significativa de qualidade o que torna os produtos de base muito importantes na economia é o fato de que, embora sejam mercadorias primárias, possuem cotação e "negociabilidade" globais; portanto, as oscilações nas cotações destes produtos de base têm impacto significativo nos fluxos financeiros mundiais, podendo causar perdas a agentes econômicos e até mesmo a países.

Neste primeiro semestre verificamos uma série de acontecimentos desde terremotos e tisumanis no Japão até a possível moratória da Grécia, deixando a economia mundial numa incerteza imensa, onde as bolsas de valores seguiam num sobe e desce constante.

Mas, apesar dos percalços, os fundamentos de oferta e demanda prevaleceram no mercado de commodityes, O apetite dos emergentes continua a desafiar inclusive as espirais inflacionárias, e, em muitos casos, as produções crescem menos e os estoques continuam magros. Resultado: com a preciosa ajuda oferecida por um dólar fraco, o primeiro semestre foi positivo para as cotações da maior parte das commodities agrícolas negociadas pelo Brasil no exterior.

Cálculos do Valor Data baseados nos contratos futuros de segunda posição de entrega (normalmente a de maior liquidez) de produtos referenciados nas bolsas de Chicago e Nova York mostram que seis deles (açúcar, algodão, cacau, café, soja e milho) alcançaram suas maiores médias semestrais históricas entre janeiro e junho em termos nominais. As médias do trigo e do suco de laranja foram as terceiras mais elevadas.

Para analistas e consultores ouvidos pelo Valor nos últimos meses, a resistência dos preços comprova que as matérias-primas para a produção de alimentos ganharam um novo status neste início de milênio, em larga medida em função da aceleração do consumo em países emergentes como China, Índia e Brasil.


É um novo tempo, onde cada vez mais, nós produtores, técnicos, Instituições ligadas ao segmento e outros devemos estar atentos aos sinais do mercado buscando sempre a profissionalização para assim num mercado globalizado mantermos nossa posição de celeiro do mundo, agora não somente em alimentos mas em energia verde, combustíveis fósseis, minerais etc.

Fonte: Valor econômico

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