quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O Meio Ambiente e nós....

Muito se tem falado sobre mudanças climáticas, meio ambiente, uso racional de agua, desequilíbrio climático, produção de alimentos e do " Encontro de Copenhagem".
Encontro este que com o apoio ou não dos países mais ricos, o mundo tenta discutir os efeitos das mudanças climáticas, suas conseqüências e nos alertar para a responsabilidade que temos durante nosso próprio dia-a-dia.
Ações simples como trocar as lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes, ir ao trabalho caminhando ou de bicicleta, trocar torneiras que ficam pingando o tempo todo, reduzir o volume de água da descarga do banheiro entre outras são atitudes que fazem bem ao bolso e ao planeta.
Por falar em bem para o bolso, li uma matéria que descrevo trechos abaixo, para uma reflexão:
A mudança climática terá um impacto sério na economia brasileira. Na melhor das hipóteses, a perda em 2050 será de R$ 719 bilhões e na pior, R$ 3,6 trilhões. As conclusões são do estudo Economia da Mudança do Clima no Brasil: custos e oportunidades, uma espécie de Relatório Stern brasileiro. O economista britânico Nicholas Stern, ex-economista chefe do Banco Mundial e consultor do governo apresentou, em 2006, os custos da mudança climática para o mundo. Os países deveriam investir 1% do PIB mundial para cortar emissões em 80%, em 2050, em comparação aos níveis atuais. Sem isto, o custo anual seria de 20% do PIBMesmo com esta perspectiva mais conservadora, o trabalho confirma que as regiões mais vulneráveis à mudança do clima são a Amazônia e o Nordeste. Na Amazônia, se o aquecimento for de 7° C a 8 °C em 2100, prenuncia-se uma savanização de um bom pedaço de floresta - o clima mais quente reduziria a cobertura florestal em 40% no lado oriental.

No Nordeste, menos chuvas causariam perdas agrícolas em todos os Estados. Menos água reduziria em 25% a capacidade de produção de gado de pasto na região. A vazão dos rios em bacias do Nordeste, como a do Parnaíba, seria afetada. O estudo calcula redução de vazões impressionantes, de até 90% entre 2070 e 2100. Perda de confiabilidade no sistema de geração de energia hidrelétrica, diz o texto, com redução de 31,5% a 29,3% da energia que as usinas hidrelétricas efetivamente podem produzir. Os maiores impactos seriam no Norte e Nordeste - no Sul e Sudeste, os efeitos seriam mínimos neste tópico.

Na agricultura, confirma-se o estudo anterior da Embrapa e Unicamp. Com exceção da cana-de-açúcar, as outras culturas importantes perdem área de cultivo, especialmente soja, milho e café.O trabalho, feito por uma equipe multidisciplinar de institutos e universidades públicas e privadas (USP, Unicamp, Embrapa, INPE, COPPE/UFRJ. Fiocruz, IPEA e FIPE, entre outras) sugere alguns caminhos para que o Brasil se adapte às mudanças do clima. Modificações genéticas seriam alternativas para reduzir problemas agrícolas. Na lacuna energética, é preciso instalar capacidade extra, de preferência usando gás natural, bagaço de cana e energia eólica, a um custo próximo a US$ 50 bilhões.
A mudança climática é um problema bastante relevante para a agenda de desenvolvimento do Brasil, diz Sérgio Margulis, diretor técnico e coordenador do trabalho. A recomendação é que as políticas públicas incorporem a vertente climática nos setores de transportes, habitação, agricultura e indústria.Fonte: Jornal Valor Econômico de Quarta-Feira - 25/11/2009.

Previsões à parte, sabemos que tudo o que acontece no mundo tem efeito aqui.. então vale a pena, no mínimo, a gente se interiar do assunto.

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