segunda-feira, 25 de janeiro de 2010


A Importância do Serviço Veterinário Oficial

Para se consumir produtos de origem animal com segurança e qualidade, o Médico Veterinário se torna um profissional imprescindível, pois é ele quem executa as políticas públicas voltadas para a Defesa Sanitária Animal, atuando desde o controle das doenças infecciosas que acomentem os animais de importância econômica até a realização da Inspeção dos produtos de origem animal, ou seja, desde o controle das zoonozes e outras doenças econômicas até a verificação ( desde o processo de abate, industrialização e correto armazenamento) dos produtos que consumimos.
Destacamos aqui a evidente importância do Serviço Veterinário Oficial, que graças ao apoio do MAPA- Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento e a OIE Organização Mundial de Saúde Animal, tem obtido resultados positivos no combate as doenças que se traduzem em barreiras sanitárias.
Pernambuco já ganhou com isto podendo comercializar seus animais para outros estados que mudaram seu "status"sanitário, este é o ganho do produtor, mais este serviço ofereçe ganhos para toda a população.
Abaixo segue o link do Código Sanitário para Animais terrestres- OIE, este material serve de suporte para meus colegas médicos veterinários, zootecnistas, produtores, empresas e outros interessados na cadeia produtiva, sendo este material importante para consultas, orientações, análises e interpretações epidemiológicas.



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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Oportunidade para os agricultores

Como ouvinte, não pude deixar de prestar atenção numa notícia veículada na última reunião ocorrida na Codeam, ( 08/01), onde foi dito pelo representante da Notaro, Sr. Valdemir Pereira Azevedo, a oportunidade que os agricultores de região tem em produzir milho.
Ele evidenciou que o estado de Pernambuco é o oitavo produtor de frangos no país, e somente a Notaro Alimentos tem um consumo médio de 136.000 scs/mês e 1.632.000 scs/ano, gerando apenas neste produto mais de R$ 35.000.000,00. O Estado de Sergipe hoje produz milho com alta tecnologia, produzindo média de 110 scs/ha, e tem uma safra estimada em 15.400,00 scs para 2009/2010.
A empresa compra milho de todas as regiões do país, mas o frete é um encarecedor do produto, portanto, se os produtores daqui produzirem milho o preço será direferenciado das demais regiões produtoras e distantes de Garanhuns, local onde se processa a ração da Empresa Notaro.
No mês de novembro foi apresentado um plantio experimental, aqui no agreste meridional, com tecnologia de precisão, sementes adequadas a nossa região e se conseguiu uma produtividade semelhante a de Sergipe, ou seja, 110 scs/ha. Daí o plantio de milho ser uma oportunidade de negócios para o agreste.
Segundo o Sr. Valdemar Prefeituras Municipais, associações comunitárias e produtores que se interessarem, podem procurar a Notaro para maiores esclarecimentos e se organizarem , o mais rápido possível, para a safra deste ano, pois o mesmo grupo que planta em Sergipe tem interesse em plantar aqui no Agreste Meridional de Pernambuco, com uma grande vantagem: já contam com o Know-How. Fica aqui a dica.....
E estamos falando apenas da avicultura, quando levamos em conta outras criações que consomem milho, os números já são outros....sem falar ainda no consumo humano.
Abaixo segue um gráfico que ilustra melhor o consumo por espécies, a linha em azul representa bovinocultura, em vermelho suinocultura e em preto avicultura, e a quantidade, retratando a evolução das relações entre milho e as principais carnes:







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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Código Florestal Brasileiro- ficou para 2011....


O Código Florestal Brasileiro foi editado em 1965 pela Lei 4771-65, com o intuito de preservar a cobertura florestal Brasileira, naquela época a realidade do país era bem diferente da realidade atual, a última atualização do Código foi regulamentada na Medida Provisória n° 2.166-67 em 2001.

A lei ressalta no Art. 1º - As florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo- se os direitos de propriedade, com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta Lei estabelecem.

Atualmente, os pontos conflitantes deste Código, se dão em relação as Reservas Legais - RLs , e Área de Preservação Permanente- APPs, entende-se que as RLs são necessárias ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção da fauna e flora nativas. As APPs têm as funções socioambientais de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, de proteger o solo e de assegurar o bem-estar das populações humanas.

As RLs são diferentes em detrimento da região do país:

- 80% de Reserva na Amazônia Legal (que compreende os Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e Mato Grosso e as regiões situadas ao norte do paralelo 13o S, dos Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do meridiano de 44o W, do Estado do Maranhão);

- 35% de Reserva na região de cerrado, podendo ser com 20% na propriedade mais 15% na forma de compensação em outra área, desde que esteja localizada na mesma microbacia, e seja averbada e,

- 20% nas demais regiões do país;

Já para as APPs , o Código preve estas determinações:

a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima seja:
1 - de 30 m (trinta metros) para os cursos d'água de menos de 10 m (dez metros) de largura;
2 - de 50 m (cinqüenta metros) para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 m (cinqüenta metros) de largura;
3 - de 100 m (cem metros) para os cursos d'água que tenham de 50 (cinqüenta) a 200 m (duzentos metros) de largura;
4 - de 200 m (duzentos metros) para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600 m (seiscentos metros) de largura;
5 - de 500 m (quinhentos metros) para os cursos d'água que tenham largura superior a 600 m (seiscentos metros).

Isto sem falar nos lagos, lagoas, serras , morros, encostas, restingas e outros tantos biomas do país. .

Esta discussão vem se arrastando já há muito tempo e em 2009 ficaram mais acirradas, e as controvérsias são muitas, segundo Jean Paul Metzger , em regiões de Mata Atlântica, simulações baseadas na teoria da percolação apontaram que somente a conservação de 59,28% da vegetação original permitiria a determinadas espécies transitarem protegidas. Insuficiente, assim, os atuais 20% de RLs no Bioma. Essa é a resposta a apenas uma pergunta , associada a uma das funções das Reservas Legais (abrigo e proteção de fauna nativa). E o uso sustentável dos recursos naturais??, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos??, à conservação da biodiversidade?? e quantas outras discussões se tem sobre o uso da terra?? Sobre a área plantada ou o zoneamento agrícola??ou o que é mais importante: preservar o meio ambiente e o produtor não poder produzir, ou produzir de modo sustentável com pagamento pela mata em pé??e quem paga por isto e quanto???

Quanto ao aspecto político, vamos fazer aqui uma retrospectiva:. Os ruralistas apresentaram uma nova versão do projeto de anistia aos desmatadores e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o adiamento do decreto de crimes ambientais para junho de 2011. Como uma tentativa de avançar nos debates sobre o Código Florestal foi criado, em 2008, um Grupo de Trabalho formado pelos ministérios da Agricultura (Mapa), do Meio Ambiente (MMA), do Desenvolvimento Agrário (MDA) e representantes dos movimentos sociais ambientalistas.Diante da falta de consenso entre as partes, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes extinguiu, em janeiro deste ano, o grupo de trabalho criado para discutir o código. A extinção do GT foi motivo de rusgas entre Stephanes e Carlos Minc, ministro do MMA.

No mês seguinte, a comissão Coordenadora do Zoneamento Ecológico-Econômico do Território Nacional, composta por 13 ministérios, mudou um ponto do código sobre reflorestamento obrigatório no entorno da BR-163, que liga Santarém a Cuiabá, e da BR-230, a Rodovia Transamazônica e de outras rodovias próximas, aprovando a redução de 80% para 50% da área de Reserva Legal mínima obrigatória. Com a nova regra, estima-se que cerca de 700 mil hectares de floresta deixarão de ser recompostos com árvores nativas da Amazônia.

Em março, Stephanes voltou a propor novas mudanças na norma. Entre elas está a que prevê a permissão para manter atividades em Áreas de Preservação Permanente (APPs), como várzeas, matas ciliares, encostas e topos de morros, desde que já tenham atividade produtiva consolidada e que técnicas agrícolas de conservação sejam adotadas. Outro ponto abordado é a garantia de que produtores não sejam penalizados por atos que passam a ser considerados como infrações.

Com o novo texto apresentado, os ruralistas pretendem anistiar os desmatadores até 2001, cedendo neste ponto que previa até 2006. Por outro lado, esperam que sejam retirados a delegação de poderes aos Estados em questões ambientais, permissão para recomposição de até 30% das Áreas de Preservação Permanentes (APPs) na Amazônia com espécies exóticas, mas sem possibilidade de corte raso dessa vegetação, e a possibilidade de comprar áreas de até 30% de reserva legal na Amazônia para conservação. Na lista de proposta também consta que as áreas de APPs sejam somadas como reservas legais. Atualmente as áreas de topos de morros e encostas de morros.

Neste contexto os ambientalistas se mobilizaram e a briga continua...de qualquer forma o adiamento para 2011 nos relembra o velho costume brasileiro de adiar decisões importantes para depois do ano eleitoral.

Bom !! As dúvidas são muitas e os estudos sobre o tema são poucos....acredito que necessitamos primeiro de uma melhor compreensão das funções reais das RLs e APPs para definirmos depois se a a metragem proposta no Código é ou não necessária e qual o seu impacto nas pequenas, médias ou grandes propriedades, sem esquecer das necessidades de produção do país e do proprietário da terra , mais também garantir a preservação destes biomas restantes para as futuras gerações, ....ou seja o desafio é grande!! Porém com clareza, estudos científicos adequados, justificativas técnicas e a ausência de contornos políticos deveremos encontrar uma condição satisfatória para este grande conflito.

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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O Agronegócio em 2010


As estimativas estão sendo revisadas para cima. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) prevê Valor Bruto da Produção (VBP) 2,3% maior que o aferido para 2009 (R$ 160 bilhões). Números paralelos seguem essa perspectiva. A queda de 3% verificada em 2009 será seguida de alta de 4,2% no PIB agropecuário, aposta a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).

Renda agrícola - O VBP agrícola de 2009 deve ficar em R$ 153,3 bilhões (ante R$ 160,4 bilhões de 2008), avalia o Mapa, com forte apoio da soja, que tem a maior participação entre os grãos e deve confirmar queda de menos de 3%. Mesmo com previsão de preços baixos (em real) para o próximo ciclo, a estimativa oficial é de recuperação de 7,3% na renda da oleaginosa, o que ajudaria a elevar a renda das principais culturas a R$ 156 bilhões em 2010. São cerca de R$ 3 bilhões a mais para a produção agrícola, ante uma retração de R$ 6 bilhões no último ano. Os números de 2009 são ruins, mas melhores que se previa um ano ano atrás. A redução na renda das principais culturas agrícolas era projetada em 7% pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas ficou em 4,4%, conforme as últimas estatísticas.

Após seca e chuvarada, clima inspira otimismo - As previsões de veranico para dezembro não se confirmaram e o clima, que trouxe seca e períodos de chuva excessiva na safra 2008/09, agora inspira projeções animadoras sobre a produção de grãos. A expectativa de 140 milhões de toneladas para a safra 2009/10, lançada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) pode ser inclusive superada. No Paraná, milho e soja devem render 20 milhões de toneladas, conforme avaliação da Expedição Safra RPC lançada no início do plantio.

Exportações - Os números das exportações esclarecem a conjuntura. A soja remetida ao exterior deve render US$ 17,8 bilhões, praticamente o mesmo valor de 2008; o complexo carne tende a alcançar US$ 11,4 bilhões, com queda de 21%. Já o complexo sucroalcooleiro embolsará US$ 9,8 bilhões, 25% a mais que no ano passado. A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, avalia que as fortes reservas, o sistema bancário seguro e a diversificação das relações comerciais foram decisivos para que os resultados de 2009 se tornasse menos ruins que o esperado. Considerando o PIB agrícola e pecuário, a retração prevista pela CNA é de 7% em 2009, para algo em torno de R$ 710 bilhões. A Confederação, no entanto, tem previsões otimistas. Acredita que o VBP agropecuário vai crescer 5% em 2010 - chegando a R$ 245,1 bilhões (dois terços agricultura e um terço pecuária), ante os R$ 233 bilhões de 2009. Fonte: portaldoagronegócio

Bom... Agora vamos todos fazer a nossa parte e buscarmos em 2010 esta concretização!!
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