terça-feira, 31 de agosto de 2010


A pesquisa e desenvolvimento

O FNDCT- Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico- foi criado em 1969, com a finalidade de dar apoio financeiro aos programas e projetos prioritários de desenvolvimento científico e tecnológico nacionais.
Em 1998 foram criados os Fundos Setoriais, como um novo modelo de financiamento com receitas provenientes de novas fontes, com o objetivo de contribuir com a Pesquisa e Desenvolvimento e inovação em áreas estratégicas para a economia.
Com os recursos do FNDCT e Fundos Setoriais se financia programas, projetos e atividades de CT&I ( Ciência, tecnologia e inovação).
A possibilidade de financiar o desenvolvimento tecnológico em empresas, combinando recursos reembolsáveis e não-reembolsáveis, proporciona uma grande possibilidade de inovação.
O apoio público ás práticas de P&D ( pesquisa e desenvolvimento) é uma prática comum em países desenvolvidos, admitida pela OMC. Na média dos países europeus 35% das empresas industriais inovadoras receberam financiamento publico para seu desenvolvimento no período de 2002 e 2004, no nosso caso o Brasil, a proporção de empresas industriais com atividades inovadoras financiadas pelo governo foi de 19% no período de 2003-2005.
Bom, com estes dados podemos realizar uma reflexão: a pesquisa, a inovação a tecnologia são fundamentais para o crescimento econômico...o país tem uma extensão territorial continental e nosso PIB ( mais de um terço) é gerado pelo agronégocio, as instituições de pesquisa, as Universidades, os CTs , os Ministérios ...todos tem o interesse em realizar P&D e inovação, além claro dos produtores e das empresas voltadas para o setor, então o que falta para todo este pacote chegar na ponta, ou seja, no produtor.....
Acredito que a solução de problemas, desenvolvimento do sistema produtivo, formação de recursos humanos, mercado interno fortalecido, viabilização do desenvolvimento e viabilização da autonomia tecnológica ( como já prevê a nossa Constituição federal), sejam os primeiros passos para a P&D integrarem de forma mais sólida nossa realidade.
Claro, tudo isto deve ser plataforma de desenvolvimento nacional...mas vocês já ouviram algum candidato, no horário eleitoral, preocupado com estas questões?? Tendo estes aspectos como sua estratégia de governo??? Está certo que, onde se falta saneamento básico, saúde , segurança, talvez a P&D passem despercebidos, mas nossos gestores públicos tem também a responsabilidade de gerir o desenvolvimento do país.

Fonte: Curso de propriedade intelectual & inovação no agronégocio.

inovagri.blogspot.com



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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

"O Brasil é como um búfalo, não sabe a força que tem." A comparação é do ex-ministro da Agricultura e coordenador de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas, Roberto Rodrigues, para quem o país vem menosprezando seu potencial no mercado internacional de alimentos por não atacar de frente os gargalos logísticos que prejudicam a produção e travam as exportações. Em palestra na Agroleite, feira da cooperativa Castrolanda que discutiu, na última semana, as tendências do agronegócio, Rodrigues alertou que problemas crônicos não vêm recebendo atenção suficiente.

Cenário - O cenário para os próximos dez anos é de crescimento nas exportações brasileiras de etanol (182%), soja (33%), farelo de soja (10%), milho (65%), açúcar (45%) e outros produtos, conforme o Ministério da Agricultura. No entanto, para chegar a esses índices, o país precisa investir mais em rodovias, ferrovias e portos, defendeu o especialista. A própria importância estratégica do agronegócio para a economia é mal compreendida, acrescentou. "Somos desunidos e desarticulados. Não sabemos nos comunicar com a sociedade urbana", apontou.

Energia
- Em sua avaliação, além dos alimentos, a necessidade de novas fontes de energia vai exigir fôlego do Brasil como fornecedor de etanol de cana-de-açúcar. O crescimento de economias como a chinesa e a indiana vai chegar ao ponto de fazer a União Europeia e os Estados Unidos perderem importância dentro da pauta de exportação brasileira, acrescentou. "A participação da Europa caiu de 41% para 29% e a dos Estados Unidos de 17% para 7% nos últimos anos.
Bem...com estes dados podemos ver que a percepção do agronégocio ainda deixa a desejar por parte dos políticos e da sociedade também, mas como resolver isto?? Acho que é uma soma de fatores, desde a consciêntização da importância do agronégocio, até a escolha de nossos representantes, porém tudo isto com mais clareza...respeito ao meio ambiente, locação de recursos com visão estratégica do setor, fortalecimento das cadeias produtivas que estão emergindo, além claro da infraestrutura que é nosso gargalo há muito tempo...tudo, repito, com transparência, seriedade e vontade de fazer, aí sim daremos os primeiros passos deste búfalo que por enquanto está muito submisso.

Fonte: Gazeta do povo
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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Mercado x Política de Garantia de Preços Mínimos

Está em debate a proposta de inclusão da carne de frango com garantia de preço mínimo pelo Governo Federal, da mesma forma que acontece com milho e outros produtos.
A proposta do Projeto de Lei 192/10, de autoria do senador Jorge Yanai (DEM-MT), que deverá ser votada na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado, no segundo período de esforço concentrado, de 31 de agosto a 2 de setembro.

O projeto também propõe que as linhas de Crédito Especial, consideradas fundamentais para o setor superar a crise, se tornem permanentes e que a carne e produtos derivados da avicultura participem dos programas sociais do governo federal.

o texto do projeto é estabelecido que os preços mínimos a serem fixados anualmente sejam referência para financiamentos e demais políticas de sustentação e comercialização desenvolvidas pelo governo federal.

Bom, na verdade a avicultura nacional, muito forte aqui no Nordeste, vale salientar...se desenvolveu com muito pouco ou nenhuma política pública, o fato de termos a carne de frango como a primeira no ranking do consumo coloca a avicultura numa condição boa de mercado interno e externo.

As exportações do setor, que segundo o Ministério do desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior no período de janeiro a julho deste ano foram de 97.627.898.067 ( US$ FOB), retrata melhor este cenário, mas a possível inclusão da carne de frango na cesta dos produtos com garantia mínima requer mais estudos e discussões , pois a lei da oferta e demanda até hoje regulou este mercado....

Fica aqui registrado a informação e vamos aguardar os próximos capítulos.

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