O que é influenza A (H1N1)?
É uma doença respiratória aguda (gripe), causada pelo vírus A (H1N1-Hemaglobulina 1 e Neuraminidase 1). Este novo subtipo do vírus da influenza é transmitido de pessoa a pessoa principalmente por meio da tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas.
Os sintomas são muito parecidos com a gripe comum e se confundem: febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza.
O período de transmissibilidade da doença é diferente entre adultos e crianças. Nos adultos, o período é de sete dias após o aparecimento dos sintomas, enquanto em crianças este período vai de dois dias antes até 14 dias após o início dos sintomas.
o vírus circula mais em um determinado período do ano, especialmente no inverno, de junho a outubro.
No inverno, em virtude das baixas temperaturas e da maior permanência das pessoas em locais fechados, o risco de transmissão é maior. Mas embora o risco de transmissão seja reduzido antes e depois do inverno, as recomendações para a prevenção do vírus influenza A (H1N1), bem como dos outros tipos de vírus da gripe, são as mesmas: lavar as mãos constantemente, evitar por as mãos na boca e nos olhos, evitar aglomerações em ambientes fechados, proteger a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, usar lenço descartável, limpar sempre as superfícies de mesas, telefones, maçanetas e outros móveis e objetos de uso coletivo, bem como ficar atento ao surgimento de casos da doença na comunidade, em ambientes de trabalho ou na escola.
A H1N1 é também conhecida como gripe suína, poiseste vírus é encontrado nestes animais, mas não há evidências de transmissão do vírus influenza A (H1N1) pelo consumo de carne de porco ou de quaisquer produtos alimentícios.
Ademais, os tratamentos térmicos utilizados comumente no cozimento da carne de porco eliminam qualquer vírus potencialmente perigoso e presente em carne crua. Portanto, é importante que todos os alimentos, inclusive a carne de porco e seus derivados, sejam consumidos bem cozidos. Para que o cozimento seja adequado, a temperatura de 70°C tem que ser atingida em todas as partes dos produtos. As carnes devem perder a aparência rosa ou o aspecto sangrento.
Para o enfrentamento da segunda onda de pandemia de H1N1,o Ministério da Saúde programou a VACINAÇÃO da maior parte da população possívelmente afetada, levando em conta aspectos como:1. Situação epidemiológica da influenza pandêmica; 2. Recomendação do Grupo Assessor do Programa Nacional de Imunizações (PNI); 3. Recomendações da OMS para definir públicos prioritários; 4. Observação da 2ª onda no Hemisfério Norte; 5. Articulação com sociedades científicas, CFM, AMB, ABEN, CONASS e CONASEMS.
Iniciou-se nesta semana a segunda etapa de vacinação – De 22 de março a 2 de abril, destinada a população com doenças crônicas (exceto idosos) -Obesidade grau 3 (antiga obesidade mórbida); Doenças respiratórias; Doenças cardíacas, Imunodeprimidos; Diabetes; Doenças hepáticas, renais e hematológicas e crianças maiores de 6 meses e menores de 2 anos crianças que receberão duas meias doses. A segunda dose deverá ser administrada 30 dias após a primeira e grávidas em qualquer período da gestação.
E a influenza aviária, a gripe do frango?
A influenza aviária é resultado da infecção das aves por vírus da influenza cujas cepas são classificadas como de baixa ou de alta patogenicidade, de acordo com a capacidade de provocarem doença leve ou grave nesses animais. A cepa que está circulando de forma epidêmica atualmente entre as aves domésticas da Ásia e Europa é altamente contagiosa e grave, provocando a dizimação de milhares desses animais. A exposição direta a aves infectadas ou a suas fezes (ou à terra contaminada com fezes) pode resultar na infecção humana. A transmissão da influenza aviária ocorre quando as aves migratórias (especialmente as aquáticas) disseminam os vírus da influenza aviária de baixa e de alta patogenicidade entre as criações de aves domésticas. A transmissão entre essas aves ocorre pelo contato direto com secreções de outras aves infectadas, especialmente com as fezes. A disseminação dos vírus da influenza aviária ocorre com a contaminação da água, ração e equipamentos utilizados nos criadouros (incluindo caminhões e tratores). Ovos contaminados são outra fonte de infecção entre as aves, principalmente nos incubatórios, uma vez que o vírus pode ficar presente de 3 a 4 dias na casca dos ovos postos por aves contaminadas. Outra forma de introdução de vírus de influenza aviária é através da importação de material genético e do comércio de aves e seus produtos entre os países.
Excepcionalmente o homem pode se infectar com o vírus da influenza aviária, através da exposição à aves infectadas ou através da manipulação de aves mortas. Não foi evidenciada a transmissão para humanos pela ingestão de ovos ou pelo consumo de carne congelada ou cozida das aves.
Assim como a gripe humana, causada pelos vírus de influenza humano, os vírus de influenza aviária causam nas aves sintomas respiratórios (como tosse e espirros), fraqueza e complicações como pneumonia. Há diferentes subtipos de vírus de influenza aviária, os quais determinam a gravidade da doença na ave. A doença causada pelos subtipos H5 e H7 (classificados como vírus de influenza aviária de alta patogenicidade) podem causar quadros graves da doença, com manifestações neurológicas (dificuldade de locomoção) e outras (edema da crista e barbela, nas juntas, nas pernas, bem como hemorragia nos músculos), resultando na alta mortalidade das aves. Em alguns casos, as aves morrem repentinamente, antes de apresentarem sinais da doença. Nesses casos, a letalidade pode chegar a 50 a 80% das aves de um determinado local. Nas galinhas de postura observa-se ainda a diminuição na produção de ovos, bem como alterações na casca dos mesmos, deixando-as mais finas.
Calma, a doença é exótica no Brasil, ou seja, não há evidências de circulação de influenza aviária de alta patogenicidade (FLU A/H5 e H7) nos granjas de aves comerciais brasileiras. No Brasil não foi identificado, até o momento, a doença pelo vírus influenza A/H5N1, responsável pelos surtos na Ásia e alguns países da Europa.
Porém, devemos nos conscientizarmos destas ocorrências e ter a devida informação de como a doença pode propagar-se de um país para outro:
- Por meio do comércio internacional de aves domésticas vivas ou seus produtos contaminados;
- Também o vírus pode ser propagado por aves migratórias que podem carrear o vírus por longas distâncias. Aves aquáticas migratórias - principalmente patos selvagens - são o reservatório natural dos vírus da influenza aviária e são mais resistentes à infecção. Eles podem carrear o vírus por grandes distâncias e eliminá-los nas fezes.
Pensando nestes casos o Brasil, através do MAPA têm adotado várias medidas para evitar a entrada da doença, tais como: a restrição do ingresso de material genético avícola aos aeroportos de Cumbica (São Paulo) e Viracopos (Campinas) e nos postos de fronteira com os países do Mercosul; a implantação de detectores de matéria orgânica para controlar bagagens e passageiros; o credenciamento de laboratórios para diagnósticos sorológicos; a implementação do cadastro nacional informatizado de granjas avícolas; e a elaboração de normas técnicas para registro e produção de aves de corte e postura. Além disso o MAPA implantou o Programa Nacional de Sanidade Avícola e nele o Plano Nacional de Prevenção da Influenza Aviária e de Controle da Doença de Newcastle, é estratégia passível de aplicação em todas as Unidades da Federação (UF), para promover ações direcionadas à defesa sanitária animal, visando ao fortalecimento do sistema de atenção veterinária, primeiro passo para a implantação do Plano de Contingência do Estado.
Para maiores informações: www.portal.saude.gov.br e www.agricultura.gov.br