Uso de ionóforos
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A utilização de ionóforos está cada vez mais consolidada entre os produtores de carne e leite. Os ionóforos interferem com o transporte de íons através das membranas celulares, criando assim a perda de energia nas células bacterianas, resultando na morte de bactérias, entre alguns podemos citar a monensina, que
é um poliéter carboxílico ionóforo produzido por cinnamonensis Streptomyces (Haney e Hoehn, 1967) e é fornecido para bovinos por via oral como um sal de sódio.
A monensina inibe seletivamente bactérias gran-positivas, devido a diferenças na estrutura da parede celular das bactérias. Em um estudo de meta-análise (ferramenta usada para resumir os efeitos dos tratamentos em todos os estudos e os fatores que explicam potencial heterogeneidade da resposta), observou-se efeitos no metabolismo e na produção, são eles:
•Efeito no metabolismo: verificou-se o efeito da monensina nas concentrações sanguíneas de beta-hidroxibutirato (BHBA), acetoacetato, ácidos graxos não esterificados (AGNE) reduzindo-as, enquanto que a glicose e uréia aumentaram.
•Efeito na produção: diminuição da ingestão de matéria seca, aumento da produção de leite e a eficiência da produção de leite, diminuiu a porcentagem de gordura do leite mas não afetou a produção de gordura do leite, , aumentou o escore da condição corporal o ganho de peso e perfil de ácidos graxos do leite.
Assim conclui-se que o uso da monensina em vacas em lactação reduz as concentrações de BHBA, acetoacetado e AGNE, aumenta a glicose e concentração de uréia, gerando benefício no metabolismos energético sendo importante sua administração pré-parto, produz aumento no rendimento da produção de leite, diminui a ingestão de matéria seca, discreto aumento no escore corporal e ganho de peso (dependente da dose e período de lactação).
Dietas á base de pastagem resultaram em melhores efeitos na produção.