" Observando a evolução do poder de compra do leite em relação à mão de obra verificou-se que em 1991 eram necessários 202 litros de leite para pagar um salário mínimo. Em 2009, foram necessários 706 litros de leite".
Ou seja, enquanto um determinado volume de leite contratava um funcionário em 1991, hoje esta mesma quantidade contrata apenas 1/3 deste mesmo funcionário.
O custo da mão de obra, nem sempre é analisada pelo produtor, como um fator de peso na composição do preço do leite produzido, mas em função do aumento do salário mínimo ( normalmente a base de remuneração para a mão de obra dos funcionários do setor rural) esta realidade está mudando, e neste raciocínio do exemplo acima temos duas análises: 1) ou o funcionário produz pelo menos três vezes mais leite do que ele produzia antes; 2) ou uma parte do lucro com a produção de leite desapareceu no salário do funcionário".
E o que envolve esta mão de obra?? Num país do tamanho do Brasil as diferenças regionais, são significativas e este custo também é diferenciado variando de acordo com a capacitação deste funcionário ou produtor, nível educacional, cultural e social.
Podemos adicionar ainda o clima, a comercialização, a gerência ( pagando por produtividade) e outros fatores que intervêm na formação do preço final do leite. Tanto na produção empresarial, quanto na agricultura familiar o fator "custo de mão de obra" faz a diferença na competitividade do setor.
No Editorial de 14/09/2010 do Milk point, este assunto está sendo abordado com mais profundidade...vale a pena nos atermos a estes aspectos....