segunda-feira, 20 de setembro de 2010


O Reconhecimento da Agricultura Brasileira....


A revista britânica The Economist divulgou um editorial e um longo artigo sobre a agricultura no Brasil onde enumera os avanços feitos no cultivo de alimentos no País nas últimas décadas e diz que o mundo “deveria aprender com o Brasil” maneiras de evitar uma crise de alimentos.
Citando dados da FAO (agência da ONU para alimentação e agricultura) que apontam que a produção mundial de grãos terá que crescer 50% e a de carne terá que dobrar para suprir a demanda até 2050, a publicação afirma que o Brasil tem características que o tornam um produtor de alimentos de grande relevância nos próximos 40 anos.
Segundo a revista, mais impressionante que o fato de o País ter se tornado nas últimas décadas “o primeiro gigante tropical de agricultura”, ameaçando inclusive os maiores exportadores de alimentos do mundo, é a “maneira” como Brasil o fez.
“Estimulado em parte pelo medo de que não poderia importar suficientes alimentos (nos anos 1970), (o Brasil) decidiu expandir sua produção doméstica por meio de pesquisa científica, não subsídios. No lugar de proteger os fazendeiros da competição internacional (como a maior parte do mundo ainda faz) ele abriu seu mercado e deixou os fazendeiros ineficientes irem à falência”, diz a revista.
Alternativa
A Economist afirma que, na contramão das recomendações dos “agropessimistas”, que defendem “pequenas propriedades com práticas orgânicas” e desdenham monoculturas, fertilizantes e alimentos geneticamente modificados, o progresso do Brasil na área foi baseado em grandes propriedades, “apoiado nas pesquisas da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e impulsionado por lavouras geneticamente modificadas”.
“O Brasil é uma alternativa clara à ideia crescente de que, na agricultura, o pequeno e o orgânico são mais bonitos.”
Segundo a revista, as técnicas que tornam a agricultura brasileira “magnificamente produtiva” podem ajudar ainda os países pobres da África e da Ásia.
“Os ingrediente básicos do sucesso do Brasil (pesquisa em agricultura, grandes fazendas, abertura de mercado e novas técnicas de agricultura) podem dar certo em qualquer lugar”, diz a Economist, que afirma ainda que se um sistema parecido for adotado na África, alimentar o mundo em 2050 não será tão difícil como parece ser agora.

Se levarmos em conta, ainda, a agricultura familiar e sua inserção social, o mercado de produtos diferenciados como orgânicos, produtos medicinais, agricultura de precisão e outros.. evidenciamos o quanto nossa agropecuária é vasta e promissora.. servindo de exemplo para outros países!!


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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A Ovinocultura nacional e seus desafios.

O comércio internacional de produtos da ovinocaprinocultura atinge quase US$ 11 bilhões por ano e é bastante concentrado em produtos oriundos de ovinos, principalmente carne e lã. No entanto, a lã vem diminuindo sua participação no volume de comércio, enquanto a carne ovina não para de crescer em importância. Os ovinos significam forte parcela do mercado. No caso dos caprinos, o comércio de animais vivos é o item mais importante, seguido pela carne.

O rebanho ovino mundial voltou a crescer depois de ter diminuído de forma constante de 1990 a 2000. Apesar do crescimento da produção de carne nos últimos anos, o Brasil realiza importações de carne ovina para abastecer o mercado consumidor, visto que a oferta de carne ainda é insuficiente. As importações são na maioria de cortes com osso, congelados e resfriados, além de cortes desossados. A carne é destinada aos grandes centros consumidores,regiões sul e sudeste, competindo diretamente em preços com produtos locais. O principal exportador de carne ovina para o país é o Uruguai. A entrada dessa carne é beneficiada pela valorização cambial existente no Brasil nos últimos anos, o que propicia ao país importar carne ovina a preços mais competitivos, além de obter menores custos de logística.

A ovinocultura no nordeste brasileiro cresceu significativamente nos últimos anos. Os rebanhos começaram a ser explorados economicamente com a introdução de raças especializadas, melhoramento genético e técnicas de manejo que propiciaram a elevação da produtividade.
A ovinocultura passou por transformações desde a década de 1990. O aumento do poder aquisitivo, a abertura do comércio internacional e a estabilidade monetária trouxeram um cenário favorável para o desenvolvimento da atividade, cenário propício para reestruturação da cadeia produtiva ovina.Portanto, a ovinocultura brasileira encontra-se em expansão, porém ainda tem muito a evoluir. Uma das alternativas para incremento de preços ao produtor e maior aceitação da carne brasileira está na possibilidade de aumento de consumo do produto por parte da população. Segundo FAO (2007), o consumo brasileiro de carne ovina está entre 0,6 – 0,7 kg per capita ano, consumo esse considerado muito baixo ao comparar-se com o consumo de carne bovina, suína e de frango, que chegam a obter, um consumo per capita no Brasil de 36,5 kg, 10,5 kg e 29,9 kg per capita ano respectivamente.O aumento do consumo de carne ovina, que não é suprido pela produção local, é o principal desafio a ser seguido a fim de acelerar o crescimento da ovinocultura. Intervenções que visem aumentar o consumo devem estar atentas a estratégias de marketing que apresentem a carne ovina como sendo um produto seguro e de qualidade, além de ações que possibilitem as indústrias disponibilizarem uma ampla variedade de cortes para que todas as classes sociais possam ter acesso a carne ovina, com o intuito de, em longo prazo, fidelizar o consumidor.


Esses e outros cenários estão no Estudo de Mercado Externo de Produtos Derivados da Ovinocaprinocultura lançado neste mês pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e pela Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco).www.arcoovinos.com.br/index.asp?pag=estudo/estudo.asp
E também no endereço:www.farmpoint.com.br/ovinocultura-brasileira-perspectivas-para-o-futuro_noticia_44593_1_7_.aspx você tem uma reportagem interesante comparando a produção na Nova Zelandia e o nosso sistema de produção.

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